Maracatu
AZ de Ouro
No Ceará, havia a
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário em Aracati, em Icó e em Fortaleza.
Durante as festas das irmandades os escravos tinham certa liberdade pois eram
as figuras principais do cortejo. Eles se apresentavam como o Rei, a Rainha, o
mestre de cerimônia e os mestres de campo.
Em Fortaleza, no final
do século XIX, os negros já festejavam a coroação de sua rainha em um cortejo
que saía do Morro do Moinho, por trás da estação João Felipe, no Centro de Fortaleza,
e seguia rumo à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. A tradição do Maracatu
surgiu dessas irmandades, que tiveram um papel muito relevante na sociedade
colonial, entre os séculos XVII e XIX.
O Maracatu Az
de Ouro foi fundado por Raimundo Feitosa (Boca Aberta) e seus irmãos: Zé
Neguinho e Alcides (em memória), no antigo beco do limão, hoje Nogueira
Aciolli. Desfilou pela primeira vez com apenas 27 participantes. E apesar de
viver momentos entre desfilar e não desfilar a agremiação nunca deixou de
existir e no ano de 2010 o Maracatu Az de Ouro, mais antigo maracatu do Ceará,
com um total de 250 brincantes, tendo em sua grande maioria membros da
comunidade do Jardim América, dará inicio às comemorações de seus 75 anos de
existência e muitas histórias para contar.
Hoje o Maracatu é uma
procissão solene, sagrada e profana onde a negritude cearense é pura
invenção da alma do povo mestiço, moleque, rebelde, liberto, pobre. No Maracatu tudo vira preto.
É grandioso um povo que se faz outro povo e que, neste
povo reinventado, a si mesmo se reinventa. Quem era pobre virou rei, quem era Manoel virou
Manoela, quem era novo virou preto velho, quem era velho virou baiana, quem era
bicha virou pai de santo.
Basta pegar a tinta feita com graxa de sapateiro e fuligem de lamparina e pintar o rosto com um preto sem igual mas semelhantes porque paridos do mesmo sonho sonhado na terra da luz.
Basta pegar a tinta feita com graxa de sapateiro e fuligem de lamparina e pintar o rosto com um preto sem igual mas semelhantes porque paridos do mesmo sonho sonhado na terra da luz.
OS PERSONAGENS:
Pretos Velhos =
Entidades da Umbanda, os pretos velhos são divindades purificadas de
antigos escravos africanos. Eles gostam de contar histórias do tempo em que
foram escravizados e as dificuldades que passaram. A crença fala que são
sábios, ternos e pacientes e que dão o amor, fé e esperança aos que são
conhecidos como "filhos".
Casal de pretos velhos = Levando cachimbos e apoiados em bengalas, representam o Pai João e a Mãe Maria, uma assimilação dos terreiros de macumba. Eles são símbolos do respeito ao ancestral.
Tirador de loas ou macumbeiro = É ele quem dá voz a loa do maracatu.
Balaieiro = Brincante que conduz um balaio cheio de
frutas, representando a boa safra. É uma influência do escravo de ganho, que saía nas ruas para vender os excessos da produção nas
fazendas.
Negra da calunga = Representa uma aia, mucama de confiança da rainha que conduz uma boneca, que representa a calunga.
Cordão dos africanos = Representa os nativos guerreiros da África. É uma coreografia opcional, sendo muito utilizada nos desfiles no Ceará.
Porta-estandarte e guias com lampiões = O porta-estandarte conduz o semblante que identifica a tribo ou nação do maracatu. No Ceará, os maracatus são geralmente identificados por nações. Os dois guias ficam ao lado do porta-estandarte para iluminá-lo.
Negra da calunga = Representa uma aia, mucama de confiança da rainha que conduz uma boneca, que representa a calunga.
Cordão dos africanos = Representa os nativos guerreiros da África. É uma coreografia opcional, sendo muito utilizada nos desfiles no Ceará.
Porta-estandarte e guias com lampiões = O porta-estandarte conduz o semblante que identifica a tribo ou nação do maracatu. No Ceará, os maracatus são geralmente identificados por nações. Os dois guias ficam ao lado do porta-estandarte para iluminá-lo.
Batuque = São obrigatórios instrumentos de percussão,
como o bumbo, os ferros (triângulos), chocalhos, caixas, surdos etc.
Corte = Composta por príncipes, princesas, vassalos, mucamas e o rei e a rainha - os componentes da nobreza. No meio dela, destaca-se a rainha, que chega sob uma sombrinha, acompanhada de seus vassalos que abanam leques.
Baianas = Apresentam saias rodadas, turbantes e panos de costa.
Corte = Composta por príncipes, princesas, vassalos, mucamas e o rei e a rainha - os componentes da nobreza. No meio dela, destaca-se a rainha, que chega sob uma sombrinha, acompanhada de seus vassalos que abanam leques.
Baianas = Apresentam saias rodadas, turbantes e panos de costa.
Negra do incenso = Tem a simbologia de abrir e perfumar os
caminhos que a nação vai percorrer.
Cordão das negras = As negras representam mucamas, as alas das senhoras de engenho. Usam indumentárias simples. Um acessório é o turbante. Nele, há negra da calunga, a negra do incenso e as baianas.
Cordão das negras = As negras representam mucamas, as alas das senhoras de engenho. Usam indumentárias simples. Um acessório é o turbante. Nele, há negra da calunga, a negra do incenso e as baianas.
Os índios = Representam os anfitriões, irmãos que receberam os negros no Brasil. Em Fortaleza, teve origem nos caboclos ou cordão de índios de penas, que participam do Carnaval de rua desde a década de 1950.
O baliza = Figura que vem desde a Idade Média e abre o cortejo, marcando o passo ao lado do porta-estandarte. A elegância e a coreografia dele, com gestos nobres, contam muito na avaliação do maracatu.
O fundador do Maracatu Az
de Ouro foi Raimundo Alves Feitosa, mais conhecido como Mestre Juca do Balaio.
Além dele, a agremiação teve outras figuras importantes como Afrânio Rangel (Zé
Rainha), Malu (calungueira), Clementino (Índio), dentre outros.
O Maracatu AZ de Ouro surgiu em 1936 como agremiação, passando muito tempo sendo o único maracatu da cidade. Foi criado sob inspiração dos maracatus de Recife, mas foi da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos que surgiu o ritmo e as loas.
Em 1937 o maracatu Az de
Ouro passou a desfilar pelas ruas do centro de Fortaleza, passando a ser
destaque na década de 40 até 50. A história do maracatu foi marcada por muitas
dificuldades, tendo por várias vezes cessado de existir, mas sempre retornando
como a Fênix.
Marcos Gomes, atual
presidente do maracatu Az de Ouro conta que um dos grandes medos de Mestre Juca
do Balaio, era que o maracatu Az de Ouro um dia desaparecesse de vez. Pode
ficar tranquilo Mestre Juca, um maracatu capaz de morrer e ressuscitar tantas
vezes, nunca vai deixar de existir, não importa quantos percalços tenha de
enfrentar.
19 de fevereiro de 2012
Foto:
Destaque na Ala da corte
Célia Maria Leite - Presidente do CCAPBrasil e o voluntário Walquimar de Oliveira - História-UVA (Príncipe)
e o Marcos Gomes-Presidente do Maracatu Az de Ouro
Fontes: http://www.fortaleza.ce.gov.br/carnaval2010/HistoricodasAgremiacoes.pdf
http://www.jornalescanteio.com.br,
David Aragão - Secretário de Comunicação UJS Ceará.
David Aragão - Secretário de Comunicação UJS Ceará.
07 de fevereiro de 2005
07
de fevereiro de 2005
Mestre Juca do Balaio proclama Célia Maria Leite
Madrinha
do Maracatu AZ DE OURO
Av.
Domingos Olímpicos - Fortaleza-Ceará–Brasil
Foto: Mestre Juca do Balaio - Maracatu AZ DE OURO
Célia Maria Leite - Presidente do CCAPBrasil
A av. Domingos Olímpio foi contageada pela animação dos Blocos
Bloco As bruxas
O Bloco Prova de Fogo contou a presença da Família da pequena IARA
O SUCESSO DA AVÓ AGRI E DA NETA IARA
eu amo o maracatú ...
ResponderExcluirAchei muito legal essa escola do Maracatu
ResponderExcluirACHEI BONITA E INTERESSANTE A HISTÓRIA DOS MARACATUS. EM 2013 QUERO QUE A DRA. CÉLIA LEITE ME LEVA DESFILAR NO MARACATU AZ DE OURO.
ResponderExcluirjá participei do maracatu de madalena-ce e gostei muito. parabéns maracatu AZ DE OURO
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